"Para a minha irmã" é o livro do mês. Mais uma vez a nossa escolha e sugestão recai sobre a autora Jodi Picoult. Contrariamente ao peso da outra sugestão, esta tem no cerne da questão um valor moral/ questão ética mais forte, a concepção de um filho para salvar a vida de outro.
Nesta história Anna foi trazida ao mundo para ser uma combinação genética compatível perfeita para Kate, a sua irmã mais velha, por meio de uma fertilização in vitro. Quando Kate recebe o diagnóstico de leucemia promielocítica aguda, a única solução possível parece ser encontrar um dador medula óssea perfeitamente compatível e como tal os pais optam por trazer Anna ao mundo com esse propósito.
Aos treze anos Anna, já passou por inúmeras cirurgias, transfusões de sangue e internações, para que sua irmã mais velha, Kate, possa combater a agressiva leucemia que a castiga desde pequena. Até esta idade Anna nunca questionou seu papel, porém com a adolescência a jovem começa a procurar a sua própria identidade, querendo que esta deixe de ser definida em função de sua irmã.
Aos 15 anos, Kate passa a sofrer de insuficiência renal e Anna sabe que se doar seu rim, a irmã poderá sobreviver apesar da vida limitada. Tendo sido concebida para dar vida à irmã, Anna está absolutamente ciente de que terá de doar um de seus rins para sua irmã, no entanto essa não é a sua vontade e como tal, a jovem processa os pais para obter emancipação médica e direito sobre seu próprio corpo.
Irá Anna tomar uma decisão que para grande parte das pessoas seria inconcebível? Irá Anna tomar uma decisão que vai destroçar sua família? Irá Anna tomar a decisão de não doar o rim à irmã? Irá Anna tomar realmente uma decisão que trará consequências fatais para a irmã que ela tanto ama? Até que ponto é ético a concepção de uma criança com o único objectivo de salvar outra? Será ético sujeitar uma criança a cirurgias, transfusões de sangue e internações constantes sem se pensar no bem estar dela?
Espero que gostem da sugestão
Boas leituras
P