Viajar para a cidade do amor geralmente tem um fundo romântico, mas quando duas amigas viajam para Paris o propósito muda de figura… coloca-se de lado o romantismo, calça-se os ténis e percorre-se a cidade sempre a pé!
Se somos Fits temos de dar o exemplo e numa cidade sem altos e baixos o melhor transporte é a bicicleta ou os nossos pés.
Felizmente, temos a sorte de ter onde ficar, o que já torna a viagem mais económica e não poderíamos pedir mais que uma casa no centro do Paris, bem ao lado da Gare Saint-Lazare. Com as malas em casa é hora de dar corda aos sapatos e começar a passear.
Saímos de casa e descemos direitas à L’église de la Madeleine, uma igreja lindíssima que de fora à primeira vista nos parecia um tribunal. Seguimos depois para a Ópera Garnier, após contemplar este digníssimo monumento, continuamos a viagem com o intuito de chegar à Place de la Concorde.
Chegando lá começamos a nossa descoberta da Avenue de Champs-Elyseé, fascinadas com a rua pensamos passar ali o dia (2 horas seria só na Ambricombrie), mas optamos por subir a rua por um lado e descer pelo outro. Parando obviamente no Arc de Triomphe.
Voltamos assim à Place de la Concorde, onde a roda gigante nos fez subir para ver a vista incrível do Champs- Elyseé, porém não mais bonita que a vista do Arc de Triomphe, que é de cortar a respiração.
Conhecemos o Grand Palais e o Petit Palais e por fim, atravessámos a magnífica Pont Alexandre III, contemplando a sua beleza, até que chegámos à outra margem.
Do outro lado aguardava-nos os Jardins du Trocadéro e a tão esperada Torr Eiffel. Todos que viajam para este destino, têm em mente este monumento. Contudo, este monumento é bem maior na realidade que em qualquer pensamento! Depois de horas à espera, conseguimos finalmente subir e admirar a vista absolutamente fantástica de toda a cidade. Na vinda para baixo aproveitamos e tomámos um café a meio da descida para nos dar energia para continuar.
Com tanto tempo de espera quando descemos já estava a escurecer, mas decidimos continuar o passeio. O nosso próximo destino? Ladurée Royale, esta loja é imperdível! Aqui começou a nossa saga de macarons! De pistácio a chocolate perdemos a conta aos que provámos, mas com tanta caminhada que mal tem dar uma facadinha na alimentação saudável?!
Antes de irmos para casa passámos ainda nas Galeries Lafayette e ficamos boquiabertas com as montras em movimentos e com um espirito natalício, dado que ainda há uma semana estávamos a celebrar o nascimento do menino Jesus. Depois de nos perdermos dentro do glamour das Galeries Lafayette foi a vez de nos perdermos no Printemps Haussmann! A nossa noite estava a terminar em beleza e cheia de estilo.
O nosso segundo dia nesta cidade mágica começou em beleza, a comer uma bela baguete, seguidamente a um pequeno-almoço reforçado vamos passear outra vez. A saída de casa foi direita ao Jardin des Tuileries, onde passeamos calmamente.
O grande rei deste dia vinha a ser o Musée du Louvre, este museu de filas gigantes ocupou-nos metade do dia. Todo o museu é riquíssimo e preferimos “sacrificar” um dia para ficar a conhece-lo de fio a pavio.
As principais obras do Louvre são a Mona Lisa de Leonardo da Vinci, A Virgem e o Menino com Santa Anna de Leonardo da Vinci, o Casamento em Caná de Véronèse, a Morte de Sandanapale de Eugène Delacroix, A Liberdade Guiando o Povo de Eugène Delacroix, os Aposentos de Napoleão III, a Victoria de Samothrace, a Vénus de Milo, La Dentellieère de Vermeer, A troca de Princesas – Rubens, as Múmias do Egipto e os Sarcófagos.
Em noite de passagem de ano acabou-se o passeio, é altura de nos vestirmos a rigor, vaguear pelas ruas de Paris a ver as lojas mais luxuosas do mundo, procurar um bom local para beber um Champagne e comer uns aperitivos (foie gra ou caviar para quem gosta), antes de rumar à Avenue Champs-Elysée para comemorar o novo ano.
Bonne année é o mote do dia seguinte! Que comecemos o novo ano como acabámos o anterior, a passear.
Assim que saímos de casa, tentamos orientar-nos para encontrar e visitar o Museé Grevin, o museu de cera de Paris é pequeno, mas bastante engraçado. É notório que neste constam os primeiros bonecos de cera a ser fabricados, porque a qualidade é visivelmente inferior à dos outros museus de cera existentes. Ainda assim, vale a pena passar por lá e visitá-lo.
Saindo do museu vamos ao encontro da amorosa Pont des Arts, a famosa ponte onde os enamorados colocam um cadeado, símbolo do seu amor, e atiram a chave ao rio Sena.
A nossa próxima paragem é a Cathedrále Notre-Dame, não só a beleza interior da catedral e a vista do miradouro cativam qualquer um que visite este local.
Seguimos agora para a loja que só de olhar nos deixa com mais 5 kg, a Patrick Roger. Esta loja é um misto de delicia e arte, pois o material utilizado nas esculturas apresentadas e o nosso amigo chocolate. Vale realmente a pena passar por este sítio e admirar o talento do artista.
O Museu de Cluny é o nosso destino seguinte, aqui podemos ver as antigas termas romanas de Paris. É no Jardin du Luxembourg que aproveitamos para descansar um pouco, este jardim é bastante agradável e ir à sua descoberta é realmente muito bom.
Visitamos ainda a Église de Saint Étienee du Mont, a Arènes de Lutèce (uma arena romana fantástica, que poucos conhecem), o Muséum national d’Histoire naturelle e o Jardin des Plantes.
Antes ainda de regressar a casa vamos conhecer a Grande Mosquée de Paris, porque nunca é demais conhecer novas culturas.
Chegamos ao terceiro dia e hoje é dia de passear por alguns dos bairros mais charmosos da cidade, Montmartre.
Apenas a apenas 2 quilómetros das Galeries Lafayette a Montmartre Sacré Cour é a nossa meta de caminhada. Andamos pela Rue de Mogador, na direcção dos automóveis, até à Place d’Estienne d’Orves, onde viramos à direita e seguimos até o final da praça. Aí enveredamos pela esquerda até à Rue Jean-Baptiste Pigalle, voltamos à direita e subimos até começar a vislumbrar a basílica.
A Basílica é estrondosa e a vista é digna de ser vista, uma coisa é certa detém-se daqui uma bela imagem de Paris!
O nosso conselho é passear em torno da Sacré Cour, irá ver ruas repleta de lojinhas de souvenirs e a Place du Tertre (Praça dos artistas), onde famosos caricaturistas, pintores e artistas expõe suas obras e realizam pinturas ao ar livre.
A Place du Tertre é sem dúvida um dos locais mais marcantes da cultura e arte parisiense, foi ali nesta região de Montmartre que surgiu o Impressionismo. Diz-se que nestes quarteirões viveram artistas pobres do início do século XX, como Picasso e Utrillo.
Na região mais boémia da cidade não poderíamos deixar de ver o cabaret mais famoso do mundo, o Moulin Rouge. Descemos então para a Boulevard de Clichy e passeámos pela mesma, aqui descobrimos sex shops, o museu do erotismo e lojas de temáticas para adultos e o fabuloso Moulin Rouge. A passear por esta área podemos ainda encontrar os melhores cafés, restaurantes e o Lapin Agile, outro cabaret bastante conhecido.
O quarto dia leva-nos até Versailles, onde após três horas de uma interminável fila conseguimos visitar o Chateau de Versailles. Este Castelo é absolutamente deslumbrante, magnifico, requintado, elegante, grandioso, majestoso, gracioso, cheio de detalhe, dourados, salas deslumbrantes, jardins simples e belíssimos. Podemos afirmar que é um dos locais mais bonitos onde já estivemos. O interior do local deixou-nos simplesmente boquiabertas!
Aproveitámos ainda a ida a Versailles para conhecer também o Grand Trianon e o Domaine de Marie Antoinette.
De regresso a Paris e com o dia já a terminar decidimos primeiro percorrer as margens do Sena e em seguida fazer o passeio de Bateaux Mouches, terminado assim o nosso dia.
O nosso quinto, sexto e sétimo dia foram intensos, mas de pura diversão! Deixámos o quinto dia reservado para o Parc Astérix, já o sexto e o sétimo aguardavam a ansiosa ida à Disneyland Paris.
Sobre estes três dias não há muito a revelar, entre montanhas russas, água e personagens da Disney…estes três dias foram de pura adrenalina!
Para quem se está a perguntar: dois dias na Disneyland? Pois é, com a quantidade e tamanho da filas para todas as diversões se queremos realmente aproveitar tudo o melhor são dois dias. Mas se o objectivo é ver tudo de forma superficial e não andar em diversão nenhuma, um dia basta.
Ah não abandone a cidade do amor sem comer um crepe!
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